quarta-feira, 17 de março de 2010

Alguns pontos para uma quase história

1- Quem disse que eu não quero trabalhar. Na verdade, ninguém quer que eu trabalhe

2- Se fosse fácil ela não fazia.

3- Depois de muito tempo olhou para trás, não se assustou, mas se surpreendeu com seu poder. Estava orgulhosa. Depois daquela noite confirmou o que já sabia. Só existia uma coisa que ela fazia bem.

4- Não levantou, esperou que ela saísse e se lamentou, sabia que nunca mais ela seria a mesma.

5- O menino não tinha mais nada para vender. Mesmo assim entrou no ônibus e fez sua propaganda. O único passegeiro acordou e se levantou para sair do ônibus.

6- Quando acordou achou o café pronto. O banheiro limpo. A sala arrumada, trocaria isso tudo por um bilhete.

7- Terminou o trabalho e mesmo assim ficou em sua cadeira, todos sairam. Ficou por ali, olhando o engarrafmento. Não tinha coragem de ir, tinha medo de ficar.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Depois de muito tempo

Pois é, depois de muito tempo tô aqui.

1- Se eu pudesse virava dois e mesmo assim os dois seriam preguiçosos

2- Acho que tem 10 anos que tenho um apelido, então foda-se e vou usar ele de agora em diante.

3- Quando você finalmente faz uma coisa que gosta vicia.

4- Prefiro o frio que estou passando do que o calor que me aguarda.

5- Saudade pode até diminuir, mas não passa.

6- Expectativas dos outros é foda, se você não comprir, as vezes, ainda tem que explicar.

7- Pode ser indiviualista, mas, depender dos outros, quase sempre,me frustra.

8- Fazer muitos planos é certeza de decepção.

9- Chega de branco e preto eu quero é colorido.

10- Saudade de lá e de cá. Quando eu voltar vou sentir falta daqui e aqui sempre senti falta daí.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Perfeita

Nunca mais tinha ido ali. Nunca mais tinha pensado desse jeito. Talvez eu nunca mais tenha feito nada porque nunca mais eu tinha visto tamanha perfeição. Eram, e ainda são em minha lembrança, perfeitos. Dois pares idênticos de deleite e ritmo. Nunca mais tinha visto esse subir e descer de forma tão sincopada. As últimas que me recordo eram secas e sem graça. Todas pareciam andar na mesma levada, não se diferenciavam. No máximo uma aparecia um pouco mais apertada em seu suporte. Alias, como parecem apertadas hoje em dia, essa não, era quase solta, somente um pedaço de pano que lhe caía desde as costas. Devia estar voltando da praia. Não interessa de onde estava vindo, o que importa é que estava indo e assim eu podia lhe admirar por alguns momentos. Que perfeição, a vontade que tive foi seguir, não só com o olhar, mas com uma câmera para registrar para todos esses momentos de deleite íntimo. Talvez eu até escrevesse alguma coisa para narrar as imagens. Começaria assim a narração: E o tempo parou. A única coisa que não parava era ela, perfeita, cadenciada, deslizante... seguiriam mais alguns adjetivos e por fim diria “e assim a perfeição passou por mim, sem deixar um rastro, um momento vazio, tudo foi preenchido por sua cadência”.
Um velho gaga, é assim que me chamariam se eu narrasse essa visão. Ninguém entende. Talvez essa fosse a visão que faltava para completar o meu destino. Uma vida toda que veio a se completar por causa de uma bunda. Mas como era simétrica. Eu nunca mais tinha ido ali. Alguma coisa hoj me fez despertar e ir sentar naquele ponto. Desde a hora em que eu cheguei, ainda não tinha entendido o porquê de voltar naquele lugar depois de tantos anos. Fiquei por ali, procurando sem saber bem o que. Quando aquela coisa passou por mim e o tempo parou, eu entendi. Era o meu último presente. A visão de uma bunda perfeita. Nem murcha, nem grande de mais. Não estava apertada, mas, não estava completamente a mostra. Quando eu estendi a mão para tentar tocar nela, não consegui. Era uma experiência sensorial tão grande que eu congelei. Mas valeu a pena. Aquela bunda era perfeita. Até essa palavra é perfeita, bun-da. Agente tem que encher a boca para falar, bun-da. A própria palavra já preenche tudo. E aquela bunda me preencheu. Nunca mais eu iria vê-la, mas, eu sabia que a minha vida valeu a pena por ter visto aquela bunda. Eu sabia que tinha me viciado. Foi por isso mesmo que tudo ficou claro quando ela virou a esquina. Do resto eu não sei, só consigo me lembrar daquela bun-da.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Inauguração

Pois bem como quase tudo em minha vida tem um que de relapso, aqui vai mais uma ferramenta para eu destilar essa minha verve. Quem sabe com esse blog eu não consiga deixar de vez esse meu lado que de tão sombrio eu me rendo facilmente. Prometo solenemente postar no mínimo uma vez por semana com risco... com risco de nada. Vejam bem, o que eu posso prometer é que eu vou tentar falar de quase tudo que me interessa: Cinema, televisão, livros, música, shows e por aí vai.

Cinema

Salvador chuvendo, o que as pessoas podem fazer no fim de semana?
a) Nada
b) Vão para o shopping... fazer nada
c) Vão para a casa da avó
d) Ficam em casa
e) Vão ao cinema

Bem qualquer uma das repostas acima esta correta. Eu fui ao cinema assiti "Simonal", muito bom o videogrfismo (essa palavra existe?) do filme, "A mulher invisível", Selton Mello impagável e Luana Piovani linda e por último "Budapeste", boa passagem do livro para o filme, Leonardo Medeiros mais uma vez ótimo (quem não conhece ele deve ver os trabalhos dele em "Feliz Natal", "Nossa vida não cabe num opala" e "Não por acaso" e muitos outros.

Livro

Para quem gosta de saber um pouco mais sobre a história da cidade de Salvado vale a pena ler "O centro da Cidade do Salvador" de Milton Santos. Esse livro é o reultado da tese de Doutorado do professor, que em tempos de discussão sobre o créscimento da Cidade da Bahia faz falta para elucidar os desparates desse malfadado PDDU. A cidade nos idos da década de 50 começa a mudar e se modernizar. A ocupação do centro da cidade é feita por diversos atores, quase todos ligados ao comércio. O livro pode dar uma luz para quem não entende porque a cidade até hoje não tem uma vida forte nos bairros mais populosos e contínua vivendo dependente do centro e mais recentemente da região do Iguatemi.

Televisão

Para quem gosta do Audiovisual, hoje tem o programa "No estranho mundo dos seres audiovisuais" no canal futura. Produzido por Cao Hamburgger, a série discute a linguagem, as implicações no vida pós-moderna, a história, dessa ferramenta que tanto é de comunicação quanto da arte.